BHTrans foge da lógica

A BHTrans, com suas decisões arbitrárias e absurdas, cria situações que fogem da lógica. Como por exemplo transformar a rua Turquesa em mão única, "para melhorar o fluxo de carros", supostamente com o apoio da comunidade, mas implanta vagas de estacionamentos dos dois lados, estreitando a pista que, mesmo com todas mudanças, só passa um carro de cada vez. Ou seja, a BHTrans só não trocou o seis pelo meia dúzia porque a mudança de mão piorou demais o trânsito para quem mora perto da Turquesa. Só foi bom para quem corta caminho pelo bairro.

Outros absurdos que a BHTrans criou e não pensou em resolver é um trecho da rua Cura D'ars, que é contra-mão dos dois lados. Para chegar na rua, é preciso fazer um balão pela rua Safira. Existe coisa mais sem propósito? Estacionar o carro do lado da Droga Hum é quase impossível agora com a mudança de mão da Turquesa, já que é quase impossível chegar lá!

Ainda bem que este blog não está sozinho na percepção de que a BHTrans é gerida de uma maneira insensível à população. O jornalista Acir Antão cantou a jogada na sua coluna no jornal Super Notícia da última quarta-feira. Antão criticou decisões arbitrárias da BHTrans, afirmando que "a BHTrans acha que resolvendo seu problema, o resto da cidade inexiste. Quando ela coloca um ponto de ônibus na porta de um hotel no centro atende aos seus interesses, mas prejudica outros".

Ele apontou também um problema que os moradores do Prado enfrentam, que é a lenta morte do comércio na Av. Amazonas. Para Antão, "o problema foi resolvido na ótica da BHTrans, mas motivou um esvaziamento econômico da Av. Amazonas, que perdeu mais de 80% do seu comércio, sem se falar nas moradias que estão fechadas e em muitos casos abandonadas, porque ninguém consegue mais morar naquela avenida, por causa do barulho e fumaça dos ônibus que trafegam por ali".

Mas a frase mais interessante da coluna é a em que o jornalista afirma que a BHTrans vê o carro particular como inimigo. Realmente, Acir. Realmente e infelizmente.